Fluorose
dentária são manchas no dente que podem variar de branca a marrom, a depender
da intensidade, causadas por excesso de flúor durante a fase de mineralização. A
fluorose ocorre em consequência da ingestão excessiva ou prolongada de flúor
durante o processo de formação dos dentes, ou seja, do nascimento da criança
até os cinco anos de idade. Sua severidade e a distribuição dependem da
concentração e o tempo de exposição ao flúor, do estágio de formação dos dentes
e da predisposição da criança em desenvolver a fluorose. O flúor, após ser ingerido, logo em seguida é
absorvido pela mucosa do estômago e do intestino delgado, 50% é eliminado pela urina
e os outros 50% aderem-se ao cálcio dos dentes e dos ossos, pois são os maiores
reservatórios de cálcio de todo o corpo. Disfunções renais podem impedir a
eliminação do excesso de flúor, o que contribui para o desenvolvimento da
fluorose.
O flúor adicionado à água de
abastecimento tem reduzido à prevalência da cárie, Além da água de abastecimento, o
flúor pode ser adicionado ao sal, leite, açúcar, chás, nos produtos odontológicos
e prescritos ou aplicados de forma tópica, como o uso de flúor gel,
dentifrícios ou enxaguatórios bucais. O uso de dentifrícios é o método mais
eficaz e comum de aplicação tópica do flúor, quando utilizado corretamente,
pois o flúor deposita-se onde e quando é necessário, no processo de
desmineralização do esmalte, estabilizando a cárie e participando no processo
de remineralização. A principal função do flúor é controlar a dissolução de
minerais, quando ocorre o início de uma lesão de cárie.
Classificação
:
Normal 0 –
Esmalte representado por uma translucidez semi-vitriforme, sendo que as
superfícies lisas são brilhantes e apresentam cor branco creme. Presença de
leves alterações evidenciadas no esmalte de normal a translúcido, compostas por
poucas linhas ou pontos brancos. È usada em situações onde um diagnóstico
definitivo de fluorose muito leve não pode ser conferido e a classificação
normal não é justificada;
Muito leve
1- Pequenas áreas opacas irregulares, tipo papel branco não envolvendo mais do
que 25% da superfície dentária frequentemente são incluídos nesta classificação
os dentes que mostram não mais que entre 1-2 mm de opacidades brancas no topo
de cúspides e bicúspides de segundos molares.
Leve 2- As
áreas brancas opacas no esmalte do dente são mais extensas, mas não envolvem
mais que 50% do dente;
Moderada 3-
Todas as superfícies de esmalte do dente são afetadas, sendo sujeitas ao
desgaste devido à atrição. Manchas marrons são desfigurações frequentes;
Severa 4-
Todas as superfícies do esmalte são afetadas e a hipoplasia é tão marcante que
a forma geral do dente pode ser afetada. O maior sinal de diagnóstico desta
classificação são depressões discretas ou confluentes. Manchas marrons estão
presentes e o dente sempre apresenta uma aparência de corrosão;
Para o tratamento de manchas no esmalte é
necessária uma avaliação completa do paciente, indicando o estado de saúde
bucal através de radiografias, anamnese e exame clínico. Esta etapa auxilia no
diagnóstico do grau de fluorose e da ajuda na definição do tratamento adequado
para o paciente. A correção desta alteração pode ser feita por meio de
tratamentos: clareador, microabrasão e até mesmo procedimentos restauradores em
casos mais severos.