A
halitose é definida como sendo um odor desagradável que é exalado da cavidade
oral de uma pessoa ou de suas vias aéreas. É uma condição anormal do hálito na
qual este se altera de forma desagradável tanto para o paciente como para as
pessoas com as quais ele se relaciona. Associações de higiene oral muito
deficiente, ou mesmo ausente, e lesões orais necrosantes como gengivite ou
periodontite ulcerativa necrosante aguda em pessoas com mau odor oral, tem
perpetuado a idéia de que sempre há etiologia periodontal. Sugere-se então que,
a doença periodontal seja uma condição suficiente, mas não obrigatoriamente
necessária para que se desenvolva a halitose. Nos indivíduos periodontalmente
saudáveis, edêntulos ou pacientes saudáveis sem nenhuma causa dentária
detectável, a produção do mau odor oral pode estar associada à degradação de
proteínas, compostos orgânicos sulfurados da superfície da língua, amígdalas, e
saliva, pela ação das bactérias e de enzimas.
A halitose é
classificada em:
- Pseudo- halitose: o paciente relata ser portador de mau
hálito, mas o mesmo não está presente;
- Halitofobia: após tratamento, o paciente continua
relatando mau hálito; é importante realizar avaliação psicológica;
- Halitose genuína
fisiológica: são os casos de real presença do mau hálito resultante de má
higiene oral e da saburra lingual. Este é o tipo mais prevalente e ocorre em
47% a 90% dos casos;
-Halitose genuína
patológica intra-oral: ocorre devido à presença de alguma alteração patológica
bucal, como por exemplo: gengivites, cáries, lesões na mucosa bucal entre
outras;
-Halitose genuína patológica extra-oral: ocorre devido à
presença de alterações sistêmicas, principalmente intestinais, pulmonares e/ou
hormonais.
Embora
poucos pacientes procurem tratamento, a halitose é uma alteração comum em
crianças e adultos e 50% a 60% da população apresenta halitose crônica. Muitos pacientes com queixa de halitose têm
algum nível de patologia gengival e / ou periodontal suficiente para ser a
causa principal, mas está claro que a patologia periodontal não é um pré-requisito
ou mesmo necessária para a produção de mau hálito. Este paradigma da doença
periodontal, é uma extensão lógica do reconhecimento de que a putrefação dos
restos alimentares e a degradação de proteínas na bolsa periodontal, ocorrem
pela ação da microbiota bucal e, em particular, aos microorganismos associados
à doença periodontal. Para o sucesso do tratamento deve-se avaliar a medida de
fluxo salivar do paciente – sialometria- que deve ser feita por um profissional
habilitado que irá estudar as causas e definir o melhor tratamento. Além disso,
deve-se levar em conta sua causa primária, ou seja, deve ser feito um correto
diagnóstico que inclui anamnese detalhada e exame da cavidade oral, para,
então, efetivar-se a implementação da terapia de acordo com a causa. Alguns
produtos foram desenvolvidos com o objetivo de controlar o mau hálito sem que
sejam necessárias muitas visitas a um profissional especializado. Alguns kits
contendo anti-sépticos bucais, dentifrícios, géis dentais, limpadores de
língua, balas de hortelã, gomas de mascar ou ainda sprays podem ser encontrados
no comércio, além de instrumentos que auxiliam a utilização do fio dental.
Muito boa a matéria, a halitose pode produzir mal cheiro na respiração?.
ResponderExcluirA halitose é o mau cheiro, o mau hálito ou o conhecido bafo.
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