quinta-feira, 2 de março de 2017

O que é Halitose?

               A halitose é definida como sendo um odor desagradável que é exalado da cavidade oral de uma pessoa ou de suas vias aéreas. É uma condição anormal do hálito na qual este se altera de forma desagradável tanto para o paciente como para as pessoas com as quais ele se relaciona. Associações de higiene oral muito deficiente, ou mesmo ausente, e lesões orais necrosantes como gengivite ou periodontite ulcerativa necrosante aguda em pessoas com mau odor oral, tem perpetuado a idéia de que sempre há etiologia periodontal. Sugere-se então que, a doença periodontal seja uma condição suficiente, mas não obrigatoriamente necessária para que se desenvolva a halitose. Nos indivíduos periodontalmente saudáveis, edêntulos ou pacientes saudáveis sem nenhuma causa dentária detectável, a produção do mau odor oral pode estar associada à degradação de proteínas, compostos orgânicos sulfurados da superfície da língua, amígdalas, e saliva, pela ação das bactérias e de enzimas.
A halitose é classificada em:
- Pseudo- halitose: o paciente relata ser portador de mau hálito, mas o mesmo não está presente;
- Halitofobia: após tratamento, o paciente continua relatando mau hálito; é importante realizar avaliação psicológica;
 - Halitose genuína fisiológica: são os casos de real presença do mau hálito resultante de má higiene oral e da saburra lingual. Este é o tipo mais prevalente e ocorre em 47% a 90% dos casos;
 -Halitose genuína patológica intra-oral: ocorre devido à presença de alguma alteração patológica bucal, como por exemplo: gengivites, cáries, lesões na mucosa bucal entre outras;
-Halitose genuína patológica extra-oral: ocorre devido à presença de alterações sistêmicas, principalmente intestinais, pulmonares e/ou hormonais.

                Embora poucos pacientes procurem tratamento, a halitose é uma alteração comum em crianças e adultos e 50% a 60% da população apresenta halitose crônica.  Muitos pacientes com queixa de halitose têm algum nível de patologia gengival e / ou periodontal suficiente para ser a causa principal, mas está claro que a patologia periodontal não é um pré-requisito ou mesmo necessária para a produção de mau hálito. Este paradigma da doença periodontal, é uma extensão lógica do reconhecimento de que a putrefação dos restos alimentares e a degradação de proteínas na bolsa periodontal, ocorrem pela ação da microbiota bucal e, em particular, aos microorganismos associados à doença periodontal. Para o sucesso do tratamento deve-se avaliar a medida de fluxo salivar do paciente – sialometria- que deve ser feita por um profissional habilitado que irá estudar as causas e definir o melhor tratamento. Além disso, deve-se levar em conta sua causa primária, ou seja, deve ser feito um correto diagnóstico que inclui anamnese detalhada e exame da cavidade oral, para, então, efetivar-se a implementação da terapia de acordo com a causa. Alguns produtos foram desenvolvidos com o objetivo de controlar o mau hálito sem que sejam necessárias muitas visitas a um profissional especializado. Alguns kits contendo anti-sépticos bucais, dentifrícios, géis dentais, limpadores de língua, balas de hortelã, gomas de mascar ou ainda sprays podem ser encontrados no comércio, além de instrumentos que auxiliam a utilização do fio dental.



2 comentários:

  1. Muito boa a matéria, a halitose pode produzir mal cheiro na respiração?.

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    1. A halitose é o mau cheiro, o mau hálito ou o conhecido bafo.

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