segunda-feira, 20 de março de 2017

Fluorose Dentária

             Fluorose dentária são manchas no dente que podem variar de branca a marrom, a depender da intensidade, causadas por excesso de flúor durante a fase de mineralização. A fluorose ocorre em consequência da ingestão excessiva ou prolongada de flúor durante o processo de formação dos dentes, ou seja, do nascimento da criança até os cinco anos de idade. Sua severidade e a distribuição dependem da concentração e o tempo de exposição ao flúor, do estágio de formação dos dentes e da predisposição da criança em desenvolver a fluorose. O flúor, após ser ingerido, logo em seguida é absorvido pela mucosa do estômago e do intestino delgado, 50% é eliminado pela urina e os outros 50% aderem-se ao cálcio dos dentes e dos ossos, pois são os maiores reservatórios de cálcio de todo o corpo. Disfunções renais podem impedir a eliminação do excesso de flúor, o que contribui para o desenvolvimento da fluorose.
            O flúor adicionado à água de abastecimento tem reduzido à prevalência da cárie, Além da água de abastecimento, o flúor pode ser adicionado ao sal, leite, açúcar, chás, nos produtos odontológicos e prescritos ou aplicados de forma tópica, como o uso de flúor gel, dentifrícios ou enxaguatórios bucais. O uso de dentifrícios é o método mais eficaz e comum de aplicação tópica do flúor, quando utilizado corretamente, pois o flúor deposita-se onde e quando é necessário, no processo de desmineralização do esmalte, estabilizando a cárie e participando no processo de remineralização. A principal função do flúor é controlar a dissolução de minerais, quando ocorre o início de uma lesão de cárie.
Classificação :
Normal 0 – Esmalte representado por uma translucidez semi-vitriforme, sendo que as superfícies lisas são brilhantes e apresentam cor branco creme. Presença de leves alterações evidenciadas no esmalte de normal a translúcido, compostas por poucas linhas ou pontos brancos. È usada em situações onde um diagnóstico definitivo de fluorose muito leve não pode ser conferido e a classificação normal não é justificada;
Muito leve 1- Pequenas áreas opacas irregulares, tipo papel branco não envolvendo mais do que 25% da superfície dentária frequentemente são incluídos nesta classificação os dentes que mostram não mais que entre 1-2 mm de opacidades brancas no topo de cúspides e bicúspides de segundos molares.
Leve 2- As áreas brancas opacas no esmalte do dente são mais extensas, mas não envolvem mais que 50% do dente;
Moderada 3- Todas as superfícies de esmalte do dente são afetadas, sendo sujeitas ao desgaste devido à atrição. Manchas marrons são desfigurações frequentes;
Severa 4- Todas as superfícies do esmalte são afetadas e a hipoplasia é tão marcante que a forma geral do dente pode ser afetada. O maior sinal de diagnóstico desta classificação são depressões discretas ou confluentes. Manchas marrons estão presentes e o dente sempre apresenta uma aparência de corrosão;

     Para o tratamento de manchas no esmalte é necessária uma avaliação completa do paciente, indicando o estado de saúde bucal através de radiografias, anamnese e exame clínico. Esta etapa auxilia no diagnóstico do grau de fluorose e da ajuda na definição do tratamento adequado para o paciente. A correção desta alteração pode ser feita por meio de tratamentos: clareador, microabrasão e até mesmo procedimentos restauradores em casos mais severos.



terça-feira, 14 de março de 2017

O que é Bactéria Cromogênica?

  
São manchas escurecidas nos dentes, que podem ser diagnosticados pelos cirurgiões dentistas. Afetando tanto crianças, adultos e idosos. Essas bactérias causam prejuízos estéticos e é removida com uma profilaxia dental feita em consultórios. Elas são hereditárias, podendo vim do pais, mães, tias, avôs, avós e etc. Não são causadas pelo excesso de alimentação com corantes, pois ainda não se tem uma causa certa. Mas a notícia boa é que as bactérias cromogênicas competem por alimentos e posições nos dentes com aquelas bactérias relacionados com a cárie dental. Sendo assim, os portadores da bactéria apresentam número reduzido de cáries (o que não exclui de forma alguma a necessidade de manter uma boa higiene dental).



quinta-feira, 2 de março de 2017

O que é Halitose?

               A halitose é definida como sendo um odor desagradável que é exalado da cavidade oral de uma pessoa ou de suas vias aéreas. É uma condição anormal do hálito na qual este se altera de forma desagradável tanto para o paciente como para as pessoas com as quais ele se relaciona. Associações de higiene oral muito deficiente, ou mesmo ausente, e lesões orais necrosantes como gengivite ou periodontite ulcerativa necrosante aguda em pessoas com mau odor oral, tem perpetuado a idéia de que sempre há etiologia periodontal. Sugere-se então que, a doença periodontal seja uma condição suficiente, mas não obrigatoriamente necessária para que se desenvolva a halitose. Nos indivíduos periodontalmente saudáveis, edêntulos ou pacientes saudáveis sem nenhuma causa dentária detectável, a produção do mau odor oral pode estar associada à degradação de proteínas, compostos orgânicos sulfurados da superfície da língua, amígdalas, e saliva, pela ação das bactérias e de enzimas.
A halitose é classificada em:
- Pseudo- halitose: o paciente relata ser portador de mau hálito, mas o mesmo não está presente;
- Halitofobia: após tratamento, o paciente continua relatando mau hálito; é importante realizar avaliação psicológica;
 - Halitose genuína fisiológica: são os casos de real presença do mau hálito resultante de má higiene oral e da saburra lingual. Este é o tipo mais prevalente e ocorre em 47% a 90% dos casos;
 -Halitose genuína patológica intra-oral: ocorre devido à presença de alguma alteração patológica bucal, como por exemplo: gengivites, cáries, lesões na mucosa bucal entre outras;
-Halitose genuína patológica extra-oral: ocorre devido à presença de alterações sistêmicas, principalmente intestinais, pulmonares e/ou hormonais.

                Embora poucos pacientes procurem tratamento, a halitose é uma alteração comum em crianças e adultos e 50% a 60% da população apresenta halitose crônica.  Muitos pacientes com queixa de halitose têm algum nível de patologia gengival e / ou periodontal suficiente para ser a causa principal, mas está claro que a patologia periodontal não é um pré-requisito ou mesmo necessária para a produção de mau hálito. Este paradigma da doença periodontal, é uma extensão lógica do reconhecimento de que a putrefação dos restos alimentares e a degradação de proteínas na bolsa periodontal, ocorrem pela ação da microbiota bucal e, em particular, aos microorganismos associados à doença periodontal. Para o sucesso do tratamento deve-se avaliar a medida de fluxo salivar do paciente – sialometria- que deve ser feita por um profissional habilitado que irá estudar as causas e definir o melhor tratamento. Além disso, deve-se levar em conta sua causa primária, ou seja, deve ser feito um correto diagnóstico que inclui anamnese detalhada e exame da cavidade oral, para, então, efetivar-se a implementação da terapia de acordo com a causa. Alguns produtos foram desenvolvidos com o objetivo de controlar o mau hálito sem que sejam necessárias muitas visitas a um profissional especializado. Alguns kits contendo anti-sépticos bucais, dentifrícios, géis dentais, limpadores de língua, balas de hortelã, gomas de mascar ou ainda sprays podem ser encontrados no comércio, além de instrumentos que auxiliam a utilização do fio dental.